Vacinas para Mulheres: quais são essenciais?
A preocupação com a vacinação é maior na infância ou na pré-adolescência, quando entramos na Faculdade ou realizamos intercâmbios. Os pais são os principais responsáveis para que a imunização aconteça no tempo certo.
Quando nos tornarmos adultos este tema deixa de ser o principal foco e passa a ser lembrado apenas, nas Campanhas anuais contra Gripe ou por orientação médica.
Afinal, quais vacinas são recomendadas para as Mulheres?
Vacina Dupla (Difteria e Tétano) e/ou a Vacina Tríplice Bacteriana Acelular
A primeira, de suma importância, é a vacina Dupla (Difteria e Tétano) e/ou a vacina Tríplice Bacteriana Acelular, na qual o esquema vacinal recomendado é orientado de acordo com o histórico vacinal da mulher e da gestante.
A DTPa, confere proteção contra Difteria, Tétano e Coqueluche por um período de 10 anos ou a cada gestação.
Para as futuras mamães, recomenda-se administrar esta vacina partir da vigésima semana de gestação até o período do puerpério (45 dias após o parto), onde se encontra disponível na rede pública desde 2014.
Além de proteger a gestante e evitar que a mesma transmita a coqueluche para o recém-nascido, uma transferência de anticorpos ao feto acontecerá nos primeiros meses de vida, até que ele possa estar imunizado.
Sabemos que a coqueluche, é a principal causa de internação hospitalar em bebês e crianças no segundo ano de vida.
Por isso, recomenda-se que um cinturão de proteção seja formado através da imunização das pessoas que estarão em contato com o bebê, como: avós, irmãos, tios, babá, mesmo para aqueles que tiveram a coqueluche, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente.
Na ausência da Tríplice Bacteriana Acelular outra vacina com maior abrangência, indicada para o reforço das crianças de 4 a 6 anos, assim como para adolescentes e adultos, para a proteção conta poliomielite, será administrada em adultos ou gestantes (de acordo com a indicação médica).
O Calendário Vacinal do Adulto – SBIm (Sociedade Brasileira de Imunização), recomenda a administração de outras vacinas, tais como:
Proteção contra Hepatite A e B.
Indicada para indivíduos não imunizados anteriormente para as Hepatites A e B.
Lembrando que o esquema vacinal da hepatite b começa após o nascimento na maternidade, juntamente com a BCG, enquanto a Hepatite A, está indicada no calendário da criança, no segundo ano de vida.
Uma vacina combinada para imunização contra: Hepatite A e b, está disponível, na rede privada, na qual o esquema vacinal recomendado, encontra-se em três doses: 0- 1 mês – 6 meses, para a substituição isolada das Hepatites, com intuito de diminuir o número de injeções.
Já que o esquema orientado para a imunização da Hepatite B consiste em três doses: 0- 1mês e 6 meses, enquanto o esquema da Hepatite A, tem sua proteção conferida, num esquema vacinal de: duas doses com o intervalo de seis meses entre elas.
Para todas as gestantes suscetíveis recomenda-se a administração da vacina da Hepatite B.
Para casos de situação de risco de exposição da gestante para o vírus da Hepatite A, deve ser considerada, por ser inativada.
Vacina Tríplice Viral
Confere proteção contra sarampo, caxumba e rubéola.
Recomenda-se duas doses acima de um ano de idade, com intervalo de um mês entre elas.
Para adultos, com esquema vacinal completo, orienta-se uma dose extra, em situações de surto ou em caso de risco para aquisição das doenças.
Está contraindicada para gestantes, porém indicada no puerpério e durante a amamentação, para mulheres até 49 anos, nas Unidades Básicas de Saúde.
Influenza (GRIPE)
Recomenda-se uma dose anualmente da vacina da gripe trivalente ou quadrivalente.
A gestante é um grupo de risco para as complicações da infecção pelo vírus influenza.
Indica-se administrar nos meses de sazonalidade do vírus, mesmo no primeiro trimestre de gestação.
HPV
As vacinas contra HPV, estão licenciadas para meninas e mulheres a partir dos 9 anos de idade, para conferir proteção contra o câncer de colo de útero, vulva, vagina e/ou verrugas genitais.
Atualmente há duas vacinas disponíveis no Brasil: A vacina quadrivalente, licenciada para mulheres dos nove aos 45 anos e meninos e homens dos nove aos 26 aos. Já a Bivalente (HPV2), indicada para mulheres a partir dos nove anos.
Indivíduos previamente infectados podem ser beneficiados com a vacinação.
Para mulheres que iniciaram o esquema vacinal antes da gestação, orienta-se suspendê-lo até o puerpério.
Varicela
Conhecida também como catapora está indicada para indivíduos suscetíveis (que não tiveram a varicela) devem ser vacinado. O esquema vacinal a ser administrado, são duas doses com intervalo de um a dois meses entre as doses.
Durante a gestação está contraindicada.
Contudo, está liberada para ser administrada no período do puerpério e durante a amamentação.
Febre Amarela
A vacinação é a medida mais importante e eficaz para a prevenção e controle desta doença.
Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e o décimo dia, após a aplicação da vacina.
Por isso, orienta-se a imunização dez dias antes de se ingressar para residentes ou viajantes área de risco da doença.
O esquema vacinal consiste em uma dose única a partir dos 9 meses de idade.
Contraindicada para crianças menores de 6 meses, pessoas com história de eventos adversos graves em doses anteriores, gestantes, pacientes portadores de lúpus eritematosos sistêmico, pacientes com imunossupressão grave, mulheres amamentando (orienta-se suspender o aleitamento por 10 dias), pacientes submetidos a transplantes de órgãos, doação de sangue e pessoas acima de sessenta anos.
Meningite Meningocócica ACWY
A indicação da vacina, assim como a necessidade de reforços, dependerá da situação epidemiológica.
O esquema vacina recomendado é uma dose.
As vacinas meningocócicas conjugadas são inativadas, portanto sem risco para a gestante e para o feto, porém seu uso deverá ser avaliado de acordo com a situação epidemiológica e/ou a presença de comorbidades considerada risco para a gestante.
Meningite Meningocócica B
A indicação da vacina dependerá da situação epidemiológica.
Duas doses, com intervalo de um a dois meses, consiste o esquema vacinal.
A recomendação para gestante deve-se avaliar a situação epidemiológica e/ou deve-se considerar a presença de comorbidades de risco para doença meningocócica
A melhor maneira de garantir a promoção e a proteção da saúde é manter o Calendário Vacinal do Adulto em dia.
Não espere seu médico sinalizar o que você deve fazer!
Um esquema vacinal incompleto é um risco para a mulher, para gestante e principalmente para o bebê!
Por isso, Mulheres Vacinem-se! Quem ama se cuida!