Quando recebemos a grandiosa notícia: “Espero um bebê!”, logo vem a vontade de adquirir um enxoval maravilhoso, quarto de revista de decoração, enfim, mostrar na prática o quanto aquele ser significa para nós e o valor que ele tem!
A melhor forma de dignificar esta vinda é conhecer as vacinas. Parece estranho? Pois não é.
O esquema de vacinação do Ministério da Saúde, que encontramos nos postos de saúde é muito bom, é moderno e bem atualizado, mas, não é o melhor possível para famílias que desejam a máxima proteção para seus tesouros maiores, que estão para vir ao mundo.
Vamos detalhar algumas vacinas específicas:
- Pneumocócica 10 – a vacina oferecida no posto é boa, porém, equivale a um guarda-chuva pequeno, protege pouco.
Pneumocócica 13 – disponível em clínicas privadas, é um guarda-chuva grandão e que protege bastante. Esta doença é tão grave que, quando não mata, pode entre outras sequelas, levar à surdez.
- Meningocócita B – infelizmente ainda não está disponível na rede pública e causa uma meningite terrível, que acomete bebês saudáveis.
- Tríplice Bacteriana Acelular – é importantíssima e deve ser feita na gestante e em familiares adultos que moram na casa do bebê. Não tem no posto de saúde e evita a coqueluche nos adultos, doença que tem aumentado nos bebês pequenos (antes dos 2 meses, quando ainda não é possível aplicar-se a vacina da coqueluche no bebê). A coqueluche é gravíssima e pode levar à morte.
- Meningocócica ACWY – no posto de saúde encontramos apenas o tipo C, enquanto nas clínicas privadas existe a ACWY, que já é mais completa e cuja proteção é mais abrangente.
Quando pensamos em vacinas, algumas questões devem ser observadas, tais como:
- Deixar de fazer as vacinas disponíveis na rede privada não pode ser caracterizado como econômico, ou então seria uma economia boba e injustificável, visto que estamos falando do bem maior de nossa vida, que são nossos filhos.
- Devemos fazer o esquema mais completo já no 1º ano de vida. Tentar se garantir só com os reforços depois do 1º ano é um pensamento equivocado. As bactérias e vírus rondam nossos ambientes como inimigos invisíveis. Será que farão doença em nossos filhos aos 2 meses, 4 meses, 6 meses ou 1 ano? Não há sentido esperar até 1 ano, achando que vai sair mais barato pois é um risco!
Podemos fazer economia com os móveis de quarto, o carrinho etc., mas com a vida do nosso filho amado, nunca!
É interessante, mesmo durante o pré-natal, já conhecer os esquemas vacinais e iniciar uma “poupança” para cobrir os custos.
Os bons pais são aqueles que se informam e passam a saber o que pode ser oferecido de melhor para seu filho. Se o esquema privado de vacinas financeiramente não estiver ao seu alcance, não fique chateado. Saiba que o calendário do governo é excelente e um dos melhores do mundo. O mais importante de tudo é que você já está dando todo seu amor!
Dra. Monica Florisbelo
Pediatra CRMSC 6110 RQE 1689