Mães e bebês precisam aprender a amamentar e ser amamentado

A promoção do aleitamento materno sempre foi prioridade para as instituições de saúde. A amamentação é um dos assuntos mais importantes na pauta de preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de todos os organismos estatais que se preocupam com a saúde pública. Nos países pobres, é assunto absolutamente prioritário e significa a diferença entre sobreviver e morrer para milhares de crianças. Os países ricos também tratam a amamentação como prioridade. Todos os que estudam o tema, sob vários ângulos, demonstraram que a amamentação é essencial e insubstituível, sendo recomendada de forma exclusiva até o sexto mês de vida e depois, complementada por alimentos saudáveis até os dois anos de idade da criança.

O aleitamento materno é considerado o modo mais apropriado e seguro de alimentação na primeira infância. Proporciona uma combinação única de água, proteínas, gordura, açucares, cálcio, magnésio, sódio, outros sais e vitaminas necessários ao sadio crescimento das crianças, assim como benefícios nutricionais, imunológicos, psicológicos e econômicos reconhecidos e inquestionáveis. Contém inúmeros fatores anti-infecciosos, anticorpos e células vivas, tudo pronto para agir no corpo do bebê.

Destaca-se, ainda, a possibilidade da prevenção de doenças do adulto a partir de uma alimentação saudável na infância, como obesidade, diabetes mellitus, melhor prognóstico cognitivo, níveis mais baixos de pressão arterial e de colesterol. Além disso, a amamentação favorece a interação afetiva entre mãe e seu bebê, algo que é insubstituível ao bem-estar e qualidade de vida da criança. Quando bem conduzida, pode proporcionar satisfação e realização à maioria das mulheres. Ao mesmo tempo, o aconchego e a troca de olhares entre mãe e filho durante a amamentação conferem ao bebê amadurecimento emocional.

O leite humano contribui também para a saúde da mulher, reduzindo os riscos de câncer de mama e de ovários, hipertensão, diabetes, depressão pós-parto, hemorragias uterinas e obesidade (a cada litro de leite materno produzido a mãe perde 800 calorias).

Apesar de todas essas vantagens, a alimentação das crianças brasileiras distancia-se do ideal. O último estudo nacional sobre amamentação, promovido pelo governo em 2008, estimou uma duração mediana do aleitamento exclusivo de apenas 54,11 dias, além da prevalência de 23,3% e 9,3% aos quatro e seis meses, respectivamente. As pesquisas também detectam que 49% das mães oferecem um ou mais alimentos supérfluos diariamente para as crianças abaixo de um ano de idade, sendo que em menores de seis meses, 14,5% já faziam uso de refrigerantes; 29,1% de iogurtes; 43,6% de queijo e 19,7% de leite fermentado.

Mais que aprender a amamentar, mães precisam de apoio na amamentação

Ao contrário do que ocorre com os demais mamíferos, a amamentação da espécie humana não é um ato puramente instintivo. Mães e bebês precisam aprender a amamentar e ser amamentado, a fim de serem ajudados a prevenir e superar dificuldades encontradas no processo, evitando, assim, o uso de suplementos e seus possíveis efeitos deletérios. Atualmente, esse aprendizado depende, em grande parte, da atuação de um profissional de saúde capacitado. A confiança materna na amamentação deve ser estimulada, pois é sabido que muitas mães deixam de amamentar mais pelas dificuldades encontradas e pela falta de apoio do que por escolha própria. Na primeira oportunidade de contato, o profissional deve trabalhar as dúvidas, as ansiedades, as inseguranças, a vontade de amamentar e como alimentar o bebê, já empregando as técnicas de aconselhamento de forma a facilitar e despertar nas mães o firme desejo de amamentar.

Existem comprovações de que informações consistentes sobre amamentação transmitidas nas primeiras semanas após a alta hospitalar, face a face e em linguagem simples por um profissional especializado são efetivas e eficazes para a tomada de decisão pela mãe sobre como alimentar seu filho. Em 2009, a organização Mundial da Saúde (OMS) citou que “ensinar as mães a amamentar poderia salvar 1,3 milhão de crianças por ano”.

Uma amamentação de sucesso depende de inúmeros fatores, entre eles, a decisão da mãe de amamentar (desejar, querer e poder), um peito que produza e libere leite e um bebê capaz de sugar o seio materno de maneira correta.

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