No mundo atual, em que existe uma grande oferta de alimentos práticos e de fácil preparo, e uma indústria forte de fast-food, devemos orientar e estimular os pais, de forma sistemática, à cultura de uma alimentação saudável para as crianças desde a fase da introdução alimentar até uma idade mais avançada. Apoiadas nessa “praticidade”, muitas famílias não se dão conta da imensa quantidade de ingredientes contidos nesses alimentos que são prejudiciais à saúde dos filhos, tais como sódio, gorduras saturadas, açúcar e corantes.
É preciso insistir e reforçar sempre para os responsáveis das crianças a importância de uma refeição equilibrada, visando um desenvolvimento saudável, tanto para o crescimento pondero-estatural, como para o desenvolvimento do cérebro e outros órgãos do corpo. Assim, se evitam problemas mais sérios no futuro, principalmente a obesidade, hipertensão arterial, diabetes e hiperlipidemias, que constituem a chamada Síndrome Metabólica.
Um dos principais incentivos é o exemplo que os pais e outros cuidadores das crianças podem dar se alimentando bem, de forma variada e saudável, fazendo, juntos, pelo menos uma refeição ao dia, com todos sentados à mesa e sem distrações, como televisões, Ipads e celulares. Esses itens, na hora das refeições, acabam atrapalhando a noção da quantidade e qualidade da alimentação.
Deve-se incentivar a criança a experimentar novos alimentos, ter refeições coloridas e ricas em vitaminas. Uma forma de incentivá-la é ir com ela às feiras e supermercados para a escolha dos alimentos. Assim, poderão ter uma ideia do que irão comer e dar a importância necessária aos alimentos.
Os pais podem, inclusive, apresentar os alimentos de uma forma modificada, com receitas novas e, muitas vezes, mais apetitosas.
De toda forma, a alimentação das crianças é, antes de tudo, um ato de amor, carinho e preocupação com a saúde delas, não só no presente, mas para que se torne um adulto saudável.
Dr. Cecim El Achkar
Médico Pediatra
CRM/SC 2239 RQE 1779