A alergia a picadas de inseto ou também chamada de estrófulo, consiste na hipersensibilidade a componentes da saliva de vários insetos picadores ou sugadores (pernilongos, pulgas e percevejos). A alergia a picada de insetos é bastante comum entre as crianças, ocorrendo predominantemente entre 2 e 10 anos de idade. Ocorre preferencialmente no verão, época de chuvas em que ficamos mais vulneráveis aos insetos.
O estrófulo consiste no aparecimento de lesões na pele, as quais podem iniciar como uma mancha depois progride para uma elevação avermelhada (pápula), a qual pode evoluir para uma vesícula (com líquido dentro), estourando e deixando uma crosta no local. As lesões costumam coçar bastante, atrapalhando a rotina e sono da criança. O rosto, os antebraços e as pernas são as áreas mais expostas aos mosquitos e, por isso, são os locais onde ocorrem mais as lesões. Estas podem deixar uma cicatriz no local da picada, a qual é permanente, podendo comprometer a pele esteticamente. As lesões do estrófulo podem se disseminar, próximo ou à distância do local onde o inseto picou/sugou.
O tratamento do estrófulo é realizado através da prevenção das picadas com uso diário de repelente, principalmente quando houver maior risco de exposição aos insetos. Existem alguns repelentes indicados para crianças, em idades específicas, que devem ser prescritos pelo pediatra. Durante o episódio de picada, pode ser usado um creme para aliviar a coceira e a inflamação local, assim como pode ser usado um anti-alérgico via oral.
O alergo-imunologista é o especialista que indica o uso da Imunoterapia para estrófulo, tratamento que induz no paciente uma tolerância imunológica aos componentes da saliva dos insetos, podendo curar a alergia a picada de insetos. Este tratamento é fundamental a fim de evitar que as lesões possam deixar várias cicatrizes na pele.
Dr Luis Felipe Angulski
Pediatra – Alergista
CRM/SC 21684 RQE 12577 e 12697