Até o dia 9 de abril, o Ministério da Saúde já tinha registrado 153 mortes por H1N1 em todo o país. Em Santa Catarina ocorreram 10 óbitos até a mesma data. No ano passado inteiro, foram 36 mortes por H1N1 no Brasil. A circulação do vírus mais cedo do que geralmente acontece tem despertado muita preocupação e levantado um questionamento comum: a vacina da gripe funciona?
Muita gente acredita que sim. Tanto que à medida que os casos foram surgindo, os estoques da vacina da gripe foram acabando nas clínicas particulares. E quem decidiu se vacinar escolheu a resposta mais adequada para a pergunta. A vacinação contra influenza é a intervenção mais importante na redução do impacto da doença e precisa ser feita todos os anos para manter o organismo protegido.
De que forma a vacina da gripe funciona
A vacina contra a gripe protege contra a influenza A, incluindo a prevenção contra a cepa H1N1, e a influenza B. A vacina disponível nas clínicas particulares é a tetravalente, que protege contra uma variação a mais do vírus que pode causar gripe. A proteção contra o H1N1 está contida nas duas vacinas, trivalente e tetravalente.
Em geral, a vacina começa a agir no organismo até duas semanas depois da vacinação. Esse é o tempo para que o corpo reconheça o vírus morto da gripe, pelo qual é composta a vacina, e comece a produzir os anticorpos que servirão de defesa para quando o vírus vivo tentar atacar o organismo. O índice de proteção é de 60%.
Quem deve tomar a vacina
Com exceção dos bebês menores de seis meses de vida, todas as pessoas devem ter a preocupação em se vacinar contra a gripe. A versão trivalente pode ser administrada sem restrições, já com a quadrivalente é preciso ter um pouco mais de atenção, pois conforme o fabricante da vacina, um dos tipos da tetra só pode ser dado para crianças maiores de 3 anos de idade. É importante se informar a respeito antes de permitir que a injeção seja aplicada na criança.
A recomendação maior é a de que crianças com mais de seis meses de idade, idosos que estejam acima dos 60 anos, grávidas, mulheres com até 45 dias após o parto, trabalhadores da saúde, funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou de outras condições clínicas especiais (doença crônica respiratória, cardíaca, renal, hepática ou neurológica, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias), entre outras, sejam as que tenham mais cuidado quanto à vacinação.
As crianças com idade entre seis meses a 2 anos e 11 meses são as únicas para as quais a vacina é feita em duas doses, com intervalo de um mês entre elas, mas somente no primeiro ano que fazem a vacina. Para pessoas nas demais faixas etárias, a dose é única. Somente pessoas com alergia comprovada e importante ao ovo não devem receber a vacina. Outras condições de saúde devem ser avaliadas pelo médico.
Entre os efeitos colaterais que podem surgir no local da vacina estão coceira, calor e mal-estar. Também pode haver sensação de dor por cerca de três dias. Normalmente, quem faz a vacina não apresenta qualquer reação. Mas caso ainda haja dúvida quanto a vacina da gripe, converse com nossa equipe de vacinação para que a decisão de proteger-se e à família seja tomada com segurança. Estar bem orientado também é uma forma de prevenção.