Vacina contra o HPV: quais são as recomendações?

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de 16.340 casos de câncer de colo de útero em 2016. A doença está relacionada ao papilomavírus humano (HPV), sendo os tipos 16 e 18 do vírus os mais associados à doença. Como forma de reduzir a incidência e a quantidade de pessoas que venham a desenvolver a neoplasia foi criada a vacina contra o HPV.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina protege, em até 98,8%, contra quatro subtipos do HPV, sendo que dois deles (subtipos 16 e 18) são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo.

A vacina aplicada no Brasil é a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e protege o indivíduo dos subtipos 6, 11, 16 e 18 da doença. Mas, além da quadrivalente, existe uma vacina específica para os subtipos 16 e 18. Ambas previnem a transmissão do vírus causador do câncer do colo do útero, contraído por relações sexuais, contato direto com peles ou mucosas infectadas e no momento do parto.

A vacinação

A orientação é de que mulheres com idade entre 9 e 26 anos sejam imunizadas, embora homens nesta mesma faixa etária também possam se vacinar. O esquema de vacinação inclui três doses. O intervalo entre a primeira e a segunda dose é de dois meses. A terceira, deve ser aplicada seis meses após a primeira e serve como um reforço para manutenção da imunização.

O medicamento estimula o organismo a produzir anticorpos específicos para cada tipo de HPV que contém a vacina, de forma que, quando a pessoa vacinada entra em contato com o papilomavírus humano, exista no corpo anticorpos capazes de inativar a ação do vírus, impedindo que ele se instale e se multiplique. Dessa maneira impede-se a progressão da infecção pelo HPV.

Vacinação do sexo masculino

O vírus desencadeador do câncer de colo de útero também está associado ao câncer de ânus, orofaringe e pênis, doenças que comprometem a saúde dos homens. Portanto, o sexo masculino também pode se favorecer da vacinação. Ciente disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria já recomenda a imunização dos meninos em seu calendário vacinal.

Mesmo o câncer de pênis, por exemplo, sendo um câncer raro e os homens já se beneficiarem indiretamente da vacinação feminina, vacinar os meninos é uma prevenção a mais contra a transmissão do HPV e a prevenção de cânceres em homens e mulheres.

Demais recomendações

É importante destacar que a vacina não substitui alguns cuidados que devem continuar sendo adotados para não comprometer a saúde e que outros precisam ser incorporados pelo mesmo motivo. Entre eles, estão:

  • a recomendação de que a mulher engravide um mês após receber a terceira dose da vacina. Caso engravide durante o período de vacinação, precisa informar ao médico;
  • o uso de preservativos, que não deve ser dispensado, apesar da mulher e do homem terem se vacinado. O método continua sendo fundamental para proteger contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a gravidez indesejada;
  • seguir a recomendação do ginecologista, independente da vacinação, e manter a realização periódica do exame de prevenção, ou seja o Papanicolau. A mulher deve iniciar o exame de prevenção após os 25 anos de idade ou 3 anos após o início da atividade sexual.

O máximo benefício da vacina é obtido em quem ainda não se expôs ao vírus, ou seja, não iniciou a vida sexual. Porém, há médicos que recomendam às mulheres jovens a imunização contra o HPV. As que detém mais de 26 anos só podem se vacinar mediante a apresentação de receita médica. Mas, por questão de segurança e para se certificar de que a decisão certa é realizar a vacinação, converse antes com o médico. Ter cuidado com a saúde nunca é demais.

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